Olhos que transbordam
Os olhos não fecham
Só ouço soluços
As lágrimas percorrem meu rosto
Construindo um fino canal
E colorindo-o de transparente
Sinto o sal de seu gosto
E sua temperatura quente
Elas queimam meu rosto
Talvez por isso esteja vermelho
Talvez por isso esteja inchado
É como uma chuva
Que sai de mim e me machuca
É como se cada gota
Doesse mais e mais em mim
É o sofrimento de um sofrer
É a carência do querer
É uma poça em meu travesseiro
É o princípio e o fim da insônia
É um nó em minha garganta
Sou eu abraçada pelo edredom
Marina Martins. Nota: título do antigo nome do blog de uma amiga um tanto querida.
Um comentário:
Ebaa!! Lindo, Nina!!!!
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