à luz
memórias nadam na minha
cabeça
confusa, fico tonta
de mim, sai uma lágrima
espessa
que me acalma e amedronta
dentro de meu quarto
a música penetra os
ouvidos
deito-me, faço um parto
dos sentimentos que são
sofridos
pensamentos fecundados
roubam-me a sanidade
sofrimentos abortados
escorrem minha liberdade
sou o parto e o aborto
daquilo que me faz ser
minha
durmo, então, feito um morto
já que toda gente é
sozinha
Marina N. Martins
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