Nas melancólicas lágrimas
que solto
E que engulo o gosto de
seu sal
E que, quente, percorrem
meu rosto
E que afogam-me
Em uma aflição que poucos
entenderiam
Talvez nem uma amiga
Talvez nem sua própria mãe
Quem sabe uma personagem
de filme
Às vezes sinto-me a
própria personagem
Que sofre pelas coisas
poucas
Mas que pra ela são
enormes
E talvez sejam mesmo
grandes
De certa maneira
Pelo menos olho no espelho
e me vejo bonita
Nem as olheiras conseguem
mudar isso
Ou mesmo as lágrimas que
escorrem
(sentia saudades de me
sentir bonita
como ando conseguindo me
sentir ultimamente
só não sei como)
A melancolia é quase nada
Talvez nem poderia ser
chamada de melancolia
Mas melancolia é mais
poético
Do que a mera tristeza ou
aflição
Imersa em uma poça de
lágrimas
Esquisitas que de vez em
quando me visitam
Respiro através das
palavras
De repente elas conseguem
me resgatar
Marina Martins
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