Eles fazem parte das
impurezas da sociedade. São daqueles que, como psicopatas e masoquistas, não merecem
nosso respeito. Além disso, eles são também psicopatas – de almas – e masoquistas;
violam do corpo de outra pessoa em prol de seu desprezível prazer. Observam as
mulheres com olhares atentos e aterrorizantes, as devoram como canibais apenas
com o olhar. Eles estragam os olhos azuis, transformando-os em olhos vermelhos
de fogo e negros de terror. Eles chegam para o lado no ônibus, esperando que
alguma jovem ingênua e bonitinha ocupe o banco ao lado. Aliás, esperando que
qualquer presa, não importa a idade ou o tamanho, ocupe o tal banco livre. Eles
viram para perguntar a hora enquanto olham para as coxas. Bela justificativa
para quem quer aproveitar a imaginária deglutição antropofágica. Por dentro de
seus corpos, o coração deve latejar de desejo e os pensamentos imundos devem
percorrer pelas cabeças, sem pena. Causam tanto pavor quanto um bandido armado.
A diferença é que a arma deles é outra.
Marina Martins, após descer do 435, onde lhe perguntaram a hora.
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