Física mente
Eu tenho direito de não prestar
atenção.
Me deixa!
Me deixa ler
escrever
desenhar
voar.
Eu não posso voar,
então deixa eu fazer de
outra forma,
com meus pensamentos.
Tem lugar melhor pra isso
senão a escola?
As aves voam por
necessidade,
eu também.
Necessidade de fugir do tédio
e da chatice,
de toda essa pressão.
Mesmo que a fuga seja
a minha própria cabeça.
Me deixa!
Me deixa ofuscar esse
tédio
essas perdas de tempo
essas bobagens.
Me deixa por favor
prestar atenção
em mim.
Marina Martins, que estava com a frescura de que não queria postar esse poema mais ou menos como poema nº 300 no blog.
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