domingo, 9 de setembro de 2012

Nada.


E então se aproxima o tédio do domingo. Aproxima-se aquela vontade de nada, aquela cara de nada, aquele corpo de nada. Apodera-me a vontade de ter nada, de ser nada. O peso do nada nas minhas costas me deixa com preguiça, juntamente com a ardência do sol (daquele sol que não me deixou corada, mas me deixou quente e um pouco ardida). O sorriso não está mais no rosto, que se preocupa em ter fixamente uma expressão de nada misturada com sono, tédio e preguiça. Síndrome do domingo à noite... Aquela síndrome que me persegue desde o meu primeiro ano na atual escola, desde o primeiro ano que passei acordar de madrugada (seis e dez da manhã não é manhã, é seis e dez da madrugada). Mesmo assim, ouvir o riso da mamãe vindo da sala me faz sorrir. A janela do Facebook piscando também me faz sorrir. E o fato do Word não ter reconhecido a palavra “Facebook”, mas ter reconhecido a palavra “Word” me faz rir. É, nada está perdido, é só mais um domingo à noite... pf! Que nada!

Marina Martins

"-Qual é o tema do seu texto?
-Nada."

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