E então se aproxima o
tédio do domingo. Aproxima-se aquela vontade de nada, aquela cara de nada,
aquele corpo de nada. Apodera-me a vontade de ter nada, de ser nada. O peso do
nada nas minhas costas me deixa com preguiça, juntamente com a ardência do sol (daquele
sol que não me deixou corada, mas me deixou quente e um pouco ardida). O sorriso
não está mais no rosto, que se preocupa em ter fixamente uma expressão de nada
misturada com sono, tédio e preguiça. Síndrome do domingo à noite... Aquela
síndrome que me persegue desde o meu primeiro ano na atual escola, desde o
primeiro ano que passei acordar de madrugada (seis e dez da manhã não é manhã,
é seis e dez da madrugada). Mesmo assim, ouvir o riso da mamãe vindo da sala me
faz sorrir. A janela do Facebook piscando também me faz sorrir. E o fato do
Word não ter reconhecido a palavra “Facebook”, mas ter reconhecido a palavra “Word”
me faz rir. É, nada está perdido, é só mais um domingo à noite... pf! Que nada!
Marina Martins
"-Qual é o tema do seu texto?
"-Qual é o tema do seu texto?
-Nada."
Nenhum comentário:
Postar um comentário