Seu olhar angelical se direcionava a ela e somente a ela. Era como se o mundo fosse ela e somente ela. Era como se só estivessem eles dois no trem e as pessoas que estavam ao redor nunca estivessem estado lá, ou como se simplesmente sumissem repentinamente. Mesmo que ele parecesse um anjo e ela, uma simples mortal, a presença dele tornava o casal ainda mais lindo. Mas para ele era exatamente o contrário: seu sorriso feliz e bobo deixava estampada a alegria em seu rosto e o quanto ele estava orgulhoso de estar com ela. O jeito que seu dedo passeava, lenta e carinhosamente, dando voltas no joelho dela, o jeito que sua mão acariciava a dela e o jeito que ele falava com ela entregavam seu total amor por ela. A impressão que dava era que ela era exatamente o que ele esperava, mais do que sua mulher perfeita e ideal: ela era imperfeita e real.
Marina Martins, aeroporto de Pisa
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