quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

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“Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.” – Quero

“Amor é dado de graça
É semeado no vento,
Na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários.” – As Sem-Razões do Amor

“Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?” – Amar

Carlos Drummond de Andrade

Eu (te) amo

Eu te amo não é cumprimento
Não é “bom dia” ou “boa tarde”
Eu te amo é reconhecimento
É despedida de quem sente saudade

Eu te amo não é desculpa
De errar ou de estar atrasado
Eu te amo não tira culpa
Nem de filho, nem de namorado

Eu te amo pode não ter hora
Pode ser de surpresa ou estar na cara
É perfeito pra quem namora
E lembrança pra quem se separa

Eu te amo é coisa fraternal
Amor de família, amigo, irmão
Mas eu te amo pode ser também carnal
E assim, é melhor quando se tem paixão

Eu te amo pode ser lamento
De sôfregos apaixonados
Pode ser arrastado com o vento
E espalhado para outros enamorados

Eu te amo pode não fazer sentido
Mesmo para quem está dizendo
Pode vir de um coração sofrido
De quem nada está entendendo

Eu te amo é olho no olho
É secreto ou dito sem pensar
Com “eu te amo”, me recolho
E afirmo que não canso de (te) amar

Dedicado a todas as pessoas que eu amo, estando em memória ou em vida.
Marina Martins

Um comentário:

Naomi Baranek disse...

Nina, que lindo! Achei realmente bom. Parabens!