Então, que venha!
Com a caneta verde, risquei o dia trinta
Olhei para o calendário, resta só mais um
Senti, em mim, qualquer coisa que se sinta
Quando se percebe que já não restará nenhum
Neste ano, descobri um amor
Que há tempos vivia buscando
É aquele que não me causa dor
Já que não sou a única amando
Adotei, definitivamente, oito formigas
Que são a minha segunda família
E por sermos um tanto quanto amigas
É família sem pai, nem mãe, nem filha
Posso dizer que fui quase engolida
Pelas exatas durante o ano inteiro
Mas não cheguei a ser destruída
Pois eu consegui engoli-las primeiro
Descobri uma mania engraçada
Que não me atreveria a falar
Mas que 2012 siga estrada
Com muitas meias para tirar
Não será fácil este ano que vem
Para amenizar, vou ver muito o sol se por
E em vez de pensar só nas questões do ENEM
Estarei sempre com a resposta que chamo de amor
Marina Martins, com versos baseados em “Socorro”, de Arnaldo Antunes, e “Altar Particular”, de Maria Gadu.
Um comentário:
Poetisa amada, te amo. Sua fã mor.
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